quarta-feira, 11 de julho de 2012

Sugestão de leitura (colaboração Cláudio Oliveira Macedo)


A felicidade Paradoxal – Gilles Lipovetsky.
Um dos mais polêmicos e profícuos pensadores da atualidade, Lipovetsky dedica-se a estudar o universo de consumo e o comportamento dos indivíduos na contemporaneidade desde seu A era do vazio, de 1983. Em A felicidade paradoxal, esse estudo chega a seu ápice, no que poderia ser chamada uma pequena história do consumo privado atual.
Tentando entender a ambigüidade de uma época em que a felicidade é valor máximo, mas carrega consigo inúmeras aflições do espírito, Lipovetsky cria a tese de que, na sociedade de hiperconsumo, essa felicidade é paradoxal. De um lado, estão dadas as condições para que as aspirações individuais sejam satisfeitas pelo mercado; de outro, também estão postos os obstáculos que se contrapõem à postura hedonista do indivíduo contemporâneo. Assim, sua felicidade é uma rede complexa feita de facilidade-dificuldade, de frivolidade-reflexividade. O hiperconsumidor tem acesso ao ter, mas aspira a ser; os mais diversos prazeres sensoriais estão ao seu alcance, mas é preciso preservar a saúde, evitar os excessos, fazer regime, manter a forma.
O que Lipovetsky propõe é a reavaliação da formação do indivíduo, com vistas ao fortalecimento da autonomia e da crítica, para que se possa resistir à sedução feérica da publicidade e do espetáculo.
O homem e seus símbolos - Carl Gustav Jung.
De acordo com vários mitos, o Homem Cósmico não significa apenas o começo da vida, mas também seu alvo final, a razão de ser de toda a criação. (…) Toda realidade psíquica interior de cada indivíduo é orientada, em última instância, em direção a este símbolo arquetípico do self.Em termos práticos, isto significa que a existência do ser humano nunca será explicada por meio de instintos isolados ou de mecanismos intencionais como a fome, o poder, o sexo, a sobrevivência, a perpetuação da espécie etc. Isto é, o objetivo principal do homem não é comer, beber etc., mas ser humano. Acima e além desses impulsos, nossa realidade psíquica interior manifesta um mistério vivente que só pode ser expresso por um símbolo; e para exprimi-lo o inconsciente muitas vezes escolhe a poderosa imagem do homem cósmico.” (O Processo de Individuação. M – L von Franz. In: O Homem e seus símbolos – organizado por Jung) -Jung e Skinner brigam pelo meu amor constantemente.

Amor Liquido - Zygmunt Bauman

A modernidade líquida em que vivemos traz consigo uma misteriosa fragilidade dos laços humanos, um amor líquido. Zygmunt Bauman investiga nesse livro de que forma as relações tornam-se cada vez mais 'flexíveis', gerando níveis de insegurança sempre maiores. A prioridade a relacionamentos em 'redes', as quais podem ser tecidas ou desmanchadas com igual facilidade - e freqüentemente sem que isso envolva nenhum contato além do virtual -, faz com que não saibamos mais manter laços a longo prazo. Mais que uma mera e triste constatação, esse livro é um alerta - não apenas as relações amorosas e os vínculos familiares são afetados, mas também a capacidade de tratar um estranho com humanidade é prejudicada. "Amor líquido – sobre a fragilidade dos laços humanos, de Zigmunt Bauman, mostra-nos que hoje estamos mais bem aparelhados para disfarçar um medo antigo. A sociedade neoliberal, pós-moderna, líquida, para usar o adjetivo escolhido pelo autor, e perfeitamente ajustado para definir a atualidade, teme o que em qualquer período da trajetória humana sempre foi vivido como uma ameaça: o desejo e o amor por outra pessoa."

 Aguarde novas sugestões de leitura, em breve.

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